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Como as fintechs estão transformando o mercado financeiro?
Moises Herszenhorn, nosso superintendente de novos negócios, falou um pouco sobre fintechs e a revolução que elas estão causando no setor financeiro. Confira!

Categoria: Inovação
Nascidas a partir de uma dor do mercado e com raiz no universo do digital, as fintechs estão redefinindo as regras do setor financeiro como um todo.
“Há dez anos, você ficava parado em uma esquina, com a mão levantada, chamando um táxi. Hoje, um serviço muito melhor está disponível na sua frente, então você, como consumidor está mais exigente isso, por si só, causa uma disrupção”.
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A fala é do nosso superintendente de novos negócios, Moises Herszenhorn, que foi convidado para contar um pouco sobre fintechs, disrupção no mercado financeiro e o que a gente tem pensado e feito a respeito desse cenário de transformação do mercado. Boa leitura!
AS FINTECHS
O Fintech Mining Report 2019, da Distrito Dataminer em parceria com a KPMG, mapeou 553 fintechs brasileiras, com destaque para os segmentos de meios de pagamento (114 empresas), crédito (87) e backoffice (66). Em 2015, elas somavam 87 empresas. Os números colocam o Brasil entre os mais importantes ecossistemas de fintechs do mundo.
Com focos distintos, elas têm em comum a aposta em produtos digitais e a busca por causar disrupções nos seus respectivos mercados — processo em que um produto causa uma ruptura, atingindo públicos que não eram contemplados pelas soluções existentes. Sendo altamente digitais, elas são operacionalmente mais baratas e atendem à regra número um de toda startup: são negócios altamente escaláveis.
Em outro sentido, compreender as fintechs ajuda a entender uma outra discussão corrente no mundo dos negócios: a ideia de empresas customer centrics, ou seja, que colocam, verdadeiramente, o cliente no centro da operação.
“[Essa disrupção acontece] senão por força dos players, por demanda dos clientes. Disrupção não quer dizer que o mercado está desaparecendo, mas sim que estamos em uma onda de digitalização muito relevante, de melhoria na nossa capacidade de atender o cliente”, explica Moises.
CURIOSIDADE
O termo Fintech nasceu da junção das palavras em inglês financial e technology, mas a expressão ganhou força ao longo do tempo, basicamente, como sinônimo de startups que atuam diretamente produtos financeiros.
FINTECHS X BANCOS TRADICIONAIS
Embora fintech não seja, necessariamente, sinônimo de varejo (do contrário, o Mining Report indica que 54,4% das fintechs brasileiras são empresas B2B), são os bancos digitais de varejo, como o Neon, com os seus cartões de crédito sem anuidade e contas totalmente controladas por app, que trouxeram a expressão para o dia a dia de milhões de brasileiros — isso ligou o alerta dos bancos tradicionais, que há muito não viam o varejo bancário ser sacudido por novos concorrentes.
“Não consigo imaginar um banco que não entenda a relevância do que está acontecendo — e acontece — por demanda dos consumidores. Mais do que não cobrar anuidade [do cartão de crédito], é entregar um produto bom. Quando o banco grande olha para aquilo, ele vê que só diminuir o valor de anuidade não é a solução: ele precisa ter uma proposta de valor condizente com esses clientes que ou não conseguem acessar o serviço ou acessam e não têm a experiência que gostariam de ter”, respondeu Moises sobre o momento de autocrítica por parte dos grandes bancos.
Pela própria natureza as fintechs conseguem operacionalizar soluções que são flexíveis, tecnologicamente eficientes e inovativas. E encontraram uma fórmula para ofertar algo construído com base na dor do cliente, se diferenciando das entregas já existentes no mercado. Essa é a tal da disrupção.
Ainda sobre capacidade de inovar, Moises disse que esse “é um benefício que uma fintech tem quando ela entra no mercado; já nasce com essa cultura [de inovar e assumir riscos]. Ela pensa ‘vou pegar uma dor específica do cliente e resolver ela muito bem’. Os bancos fizeram isso no passado, mas, com o tempo, e por um monte de fatores, podem ter se desviado disso. Não existe processo de inovação sem a participação ativa de pessoas”.
O BANCO BV E AS FINTECHS
Se as fintechs são tão aptas em entender as dores dos seus clientes e oferecer soluções para eles, existe um parâmetro de porte e solidez que apenas um banco com história pode entregar. O banco BV acredita em um novo paradigma para os bancos brasileiros: entregar a agilidade, flexibilidade e digitalização de uma fintech em um banco com tradição e robustez.
“São três movimentos: diversificação de receita, digitalização de fato e entender o cliente. Entender, verdadeiramente, o que ele deseja, o que ele gostaria de comprar e de que maneira ele gostaria de comprar. Esses três movimentos acontecendo ao mesmo tempo”, nas palavras de Moises.
BVX
Nesse sentido, o banco BV criou o BVx, um hub de inovação e venture capital que se divide hoje em duas frentes:
● Novos Negócios e Estratégias: responsável pela construção e condução do planejamento estratégico da organização, além de buscar parcerias para viabilizar a estratégia de diversificação de negócios;
● BV lab: área é responsável por incubar novos produtos e serviços, experimentar novas tecnologias que podem mudar a indústria financeira, nos conectar aos principais ecossistemas de inovação e fomentar a cultura e os métodos de inovação.
A parceria com a Neon, por exemplo, que surgiu da necessidade de replugar a empresa ao sistema financeiro nacional, deu tão certo que virou uma sociedade entre o Banco e a fintech, uma das maiores do país.
Moises explicou, ainda, que “foi uma parceria operacional que foi funcionando tão bem que fomos incluindo outros produtos. Até o ponto que essa relação tinha uma sintonia tão boa que decidimos fazer um investimento e nos tornarmos sócios. Essa é a mentalidade do banco: criar boas parcerias de longo prazo. A sociedade pode ser uma consequência, mas não é o foco quando conversamos com uma fintech”.
Se assistimos, ao longo dos últimos anos, às fintechs tomando a frente das disrupções que estão, sim, transformando o mercado financeiro, cabe aos grandes bancos recalcular a rota e garantir o seu assento no trem da história — não só investindo em produtos mais digitais e mais inovadores, mas também tendo sempre o cliente no foco da estratégia. Fintechs, revolução digital e customer centricity são todas partes de uma mesma conversa.
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