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Publicado em

14/10/25 12:05

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Equipe BV Inspira

Renegociação de dívidas: como e quando fazer?

Dois homens e duas mulheres em ambiente de escritório. O homem mais jovem aperta a mão da senhora mais velha, fechando uma renegociação de dívidas.

Comprar é parte do nosso dia a dia e pode ser positivo quando planejado. O desafio aparece quando desejos viram decisões impulsivas e o orçamento não acompanha. Sem um controle claro, pequenas parcelas e gastos recorrentes se acumulam e, em poucos meses, a dívida cresce. 

Os sinais costumam ser evidentes: limite do cartão comprometido, uso frequente do cheque especial e juros elevados reduzindo o poder de compra. Apesar de ser uma situação comum ter problemas na vida financeira, não precisa ser algo permanente: existe caminho para reorganizar as finanças. 

Renegociação de dívidas é um primeiro passo eficiente: permite ajustar prazos, juros e formas de pagamento, alinhando as parcelas à sua capacidade financeira. É uma solução que beneficia você e o credor, reduzindo riscos e retomando a previsibilidade. 

Neste artigo, siga a leitura para você encontrar um guia prático de como negociar dívidas e evitar o endividamento por mais tempo ao quitar suas dívidas com segurança.

 

Mas, afinal, o que é considerado dívida? 

A dívida é todo compromisso de pagamento assumido em troca de um bem, serviço ou valor. Ela nasce no momento em que você aceita as condições de compra ou contrata um crédito — mesmo sem atraso. Compreender isso ajuda a mapear compromissos, priorizar pagamentos e organizar o orçamento. 

Em cada operação há duas partes: 

  • Credor (quem recebe); 
  • Devedor (quem paga). 

As dívidas podem vir de compras parceladas, aquisição de empréstimos, financiamentos ou serviços recorrentes. Mesmo pagando em dia, a obrigação existe até a quitação da última parcela. 

Há dívidas que viabilizam objetivos — as “boas dívidas”. São planejadas, cabem no orçamento e têm potencial de retorno maior que o custo: educação, imóvel para moradia, capital de giro do negócio, entre outras. Elas sustentam projetos e ajudam a construir patrimônio. 

A “dívida ruim” nasce do impulso e de juros elevados, como rotativo do cartão e cheque especial. Pequenas parcelas somadas podem exceder a renda e levar ao pagamento mínimo, fazendo o custo disparar. A regra prática: planeje as suas metas, compare taxas e evite comprometer o orçamento futuro. 

 

Por que renegociar as dívidas? 

Segundo a CNDL/SPC Brasil, a inadimplência de pessoas físicas atingiu 71,28 milhões de brasileiros em junho de 2025. Renegociar dívidas é um passo estratégico quando as parcelas já não cabem no orçamento e os juros começam a “consumir” despesas essenciais. 

O objetivo é readequar prazos, taxas e valores à sua capacidade de pagamento. E os ganhos são práticos: 

  • Possibilidade de descontos em juros e multas; 
  • Alongamento de prazo; 
  • Troca para modalidades mais baratas e, em alguns casos, consolidação em uma única parcela. 

Com um acordo claro, a dívida deixa de crescer e vira um plano previsível de quitação. 

Há impactos diretos no dia a dia: alívio financeiro e emocional, recuperação do fluxo de caixa, chance de sair de negativações e de melhorar o score. Com o orçamento reequilibrado, você mantém as contas básicas em dia e cria espaço para reconstruir a reserva de emergência

Quanto antes você agir, melhores tendem a ser as condições. É importante buscar os canais oficiais do credor e montar uma proposta realista com base no seu orçamento e formalizar o acordo por escrito. Cumprindo as etapas, você retoma o controle e avança para uma vida financeira mais estável. 

 

E quando pode ser feita a renegociação de dívidas? 

Faça uma avaliação minuciosa do seu orçamento e veja se é o momento certo para retomar o pagamento daquele débito que ficou para trás. 

Também pode valer a pena aproveitar os momentos em que os credores costumam fazer uma espécie de promoção para conseguir arrecadar mais. É o caso, por exemplo, dos meses de fim de ano, quando desejam aumentar as vendas para o Natal e, por isso, procuram os devedores para resolver a sua situação financeira. Assim, costumam oferecer descontos melhores nos juros e nas multas para a quitação do débito, tirando o nome do cadastro de devedores e liberando o acesso a novos créditos. 

 

Como funciona o processo de renegociação de dívidas? 

Negociar dívidas deve ser feito com um plano de pagamento viável. O objetivo é ajustar prazos, taxas e parcelas à sua capacidade financeira, reduzir encargos e evitar novos atrasos. 

De forma geral, o caminho envolve organizar informações, definir quanto cabe no orçamento e priorizar dívidas mais caras ao negociar com o credor. Nos tópicos a seguir, você confere o passo a passo para conduzir essa negociação com segurança. 

 

Faça uma boa organização 

Reúna contratos, extratos e faturas. Anote para cada dívida: credor, saldo devedor, taxa de juros, CET, parcela, vencimento e dias em atraso. Classifique por tipo (cartão, cheque especial, empréstimo, financiamento) e use uma planilha simples para visualizar prioridades e evitar esquecimentos. 

 

Descubra o seu limite 

Calcule a renda líquida e subtraia despesas essenciais (moradia, alimentação, transporte, saúde). O valor restante indica sua margem para quitar dívidas. Para segurança, trabalhe com um teto realista — em geral, até 20%-30% da renda — preservando uma reserva mínima e evitando novos atrasos. 

 

Comece pagando as dívidas mais altas 

Como quitar dívidas por prioridade? Veja a dívida que tem juros mais caros e cresce mais rápido, como rotativo do cartão e cheque especial. Negocie descontos e troque por um parcelamento com taxas menores quando possível. Enquanto isso, mantenha o pagamento mínimo dos demais compromissos para não ampliar multas e encargos. 

 

O que diz a lei sobre as dívidas e sua renegociação? 

Quem está devendo, muitas vezes, pode pensar que não tem respaldo para negociar dívidas com segurança. Saiba que isso não é verdade: o Código de Defesa do Consumidor está ao seu lado para garantir alguns direitos fundamentais. Veja quais são eles para fazer uma negociação mais justa: 

  • Juros e multas: cobrança de multas e juros é um direito do credor, mas a lei não permite que esses valores sejam abusivos. Portanto, se você sentir, mesmo depois da renegociação, que essas taxas ficaram acima do valor justo, procure o órgão de defesa do consumidor para auxiliá-lo; 
  • Transparência: o credor tem a obrigação de fornecer todas as informações solicitadas, incluindo os valores dos juros, da multa e do valor original; 
  • Nome limpo: se o seu nome estiver em cadastros de proteção ao crédito, como Serasa e SPC, ele deverá ser retirado em até cinco dias, logo após o pagamento da primeira parcela da renegociação; 
  • Direito de recusa: se você for procurado pelo seu credor, e não o contrário, tem o direito de recusar a proposta feita por ele e de apresentar uma contraproposta. Você pode levar essa negociação até o ponto em que a situação ficar interessante para ambos os lados; 
  • Sem constrangimento: as cobranças de dívidas devem ser feitas com muito cuidado pelos credores, pois o devedor está protegido por lei em relação a danos morais, caso seja constrangido nesse processo. 

 

Como não errar na renegociação de dívidas? 

Ao planejar como quitar dívidas, é preciso atenção máxima para que você não faça acordos que podem prejudicara sua situação. Veja, agora, alguns dos erros que deve evitar na renegociação de dívidas: 

  • Prazos de pagamento muito longos: quanto mais tempo você demorar para quitar o débito, maiores serão os juros sobre ele, então, o melhor é tentar pagar parcelas maiores, em menos tempo; 
  • Venda casada: cuidado com as instituições que não são reconhecidas pelo mercado e que podem oferecer a você benefícios que não pretendia adquirir, sob pretexto de reduzir os valores a pagar na renegociação; 
  • Não priorizar as mais caras: as dívidas com taxas de juros mais altas (como cartão de crédito e cheque especial) devem ser as primeiras quitadas, pois elas são as maiores responsáveis por reduzir o seu poder de compra. 

 

O que fazer após negociar? 

Após a renegociação de dívidas, mantenha o foco no orçamento e evite novas dívidas por um período. Use esse intervalo para reorganizar despesas, ajustar hábitos de consumo e garantir que as parcelas do acordo caibam confortavelmente no mês. A disciplina de agora pode evitar novos atrasos. 

 

Crie uma rotina financeira simples 

Acompanhe receitas e gastos, automatize pagamentos e forme uma reserva de emergência. Se possível, direcione pequenos valores à poupança ou investimentos de baixo risco até concluir a quitação. Isso aumenta a previsibilidade e reduz imprevistos. 

Lembre-se das consequências de descumprir o acordo: perda de descontos e condições especiais, retomada do valor original com juros e multas, possível negativação e restrição de crédito. Se houver qualquer dificuldade, procure o credor antes do vencimento para revisar prazos e evitar a quebra do acordo. 

Crédito não é um problema e quando faz parte de um planejamento financeiro, viabiliza objetivos. Na renegociação, além de ter como negociar dívidas e evitar o endividamento por mais tempo, também é uma ferramenta para honrar compromissos com responsabilidade e recuperar a saúde financeira. 

Precisa de apoio para organizar seu plano de pagamento? Conte com os canais oficiais do BV para negociar com segurança. 

Através do nosso blog você tem acesso às informações atualizadas e relevantes do mercado financeiro. No entanto, as informações aqui apresentadas têm como única intenção o caráter informativo, estando baseadas em dados de conhecimento público, não significando, portanto, quaisquer compromissos por parte do banco BV e não constituem uma obrigação ou um dever para o leitor. O conteúdo disponibilizado é elaborado por terceiros e publicado pelo banco BV. O banco BV e suas empresas coligadas se eximem de qualquer responsabilidade por quaisquer prejuízos, diretos ou indiretos, que venham a decorrer da utilização deste material e de seu conteúdo. O banco BV nunca solicita o envio da sua senha. Nós não pedimos depósitos antecipados para liberação de crédito.

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