Segundo dados da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), o Brasil já é o sexto maior gerador de energia solar do planeta — resultado direto da queda no preço dos equipamentos, dos incentivos regulatórios e da criatividade do brasileiro para usar o sol a favor do bolso. Entre as várias formas de aproveitar essa fonte limpa, o autoconsumo remoto vem ganhando destaque, porque permite compensar a fatura de luz de outros endereços sem instalar painéis em cada telhado.
Neste conteúdo, você descobre o que é autoconsumo remoto, qual a diferença entre autoconsumo remoto e geração compartilhada, em que situações ele vale a pena e por que ele é útil para quem aluga ou administra vários imóveis. Continue a leitura!
O que é o autoconsumo remoto?
A definição oficial de autoconsumo remoto está na Resolução Normativa n.º 1.059/2023 da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), que descreve como o autoconsumo remoto possibilita que a energia solar gerada na sua casa ou empresa pode abater a conta de luz de outro imóvel seu, desde que ambos estejam na área da mesma distribuidora.
Os créditos ficam atrelados ao seu CPF ou CNPJ, podendo ser utilizados para compensar o consumo de outras unidades por até 60 meses.
Gerar em um lugar, consumir em outro, mantendo a titularidade única, define o que é autoconsumo remoto. Ou seja, se você tem um sítio ensolarado e um apartamento na cidade, pode instalar os painéis no sítio e usar os créditos para reduzir a conta urbana – uma forma inteligente de aproveitar ao máximo a sua produção de energia.
Existe diferença entre autoconsumo remoto e geração compartilhada?
Muita gente confunde as expressões, entretanto, existe uma diferença entre geração compartilhada e autoconsumo remoto. A geração compartilhada engloba todos os modelos em que mais de uma unidade consumidora se beneficia da energia de uma usina, desde que sigam regras de titularidade ou consórcio. Dentro dessa lógica, há:
- Autoconsumo remoto: créditos para outras unidades do mesmo dono;
- Condomínios solares divisão da energia entre condôminos de um único terreno;
- Consórcios ou cooperativas: vários CPFs ou CNPJs diferentes se juntam para compartilhar uma usina.
Logo, a principal diferença entre autoconsumo remoto e geração compartilhada é quem recebe os créditos.
Geração compartilhada em condomínios
Nos condomínios solares, o painel pode ficar no telhado do prédio, no estacionamento ou até em outro terreno. A cota de cada apartamento ou loja é definida em assembleia e registrada na distribuidora. Assim, todo mês, a energia gerada abate as contas dos condôminos proporcionalmente.
Enquanto isso, no autoconsumo remoto, o titular decide sozinho para quais imóveis mandar os créditos, seja casa, loja, escritório ou outros.
Quais os benefícios do autoconsumo remoto?
Se você já pensou em instalar um sistema de energia solar, vai gostar de saber que o autoconsumo remoto traz ainda mais vantagens.
Além de aproveitar a energia gerada em um local para reduzir a conta de luz de outros imóveis do mesmo titular, você garante economia, flexibilidade e um uso ainda mais eficiente do seu investimento em energia limpa.
Confira as principais vantagens de aderir ao modelo:
Geração de créditos de energia solar para várias unidades
Quem tem mais de um imóvel — casas, sítios, salas comerciais — costuma pagar várias faturas. Com o autoconsumo remoto, basta uma usina bem dimensionada para compensar todas elas. Além de reduzir a burocracia, um estudo do Brattle Group indica que sistemas maiores podem reduzir o custo por kWp instalado em até cerca de 30%, graças à economia de escala, quando comparados a várias microinstalações.
Viabilização de energia solar para imóveis alugados
O inquilino pode ir embora amanhã, mas o telhado continua lá. Instalar painéis em imóvel alugado é arriscado para ambas as partes. Com o autoconsumo remoto, o proprietário ergue a usina em outro lugar (até mesmo num terreno vazio) e direciona créditos para o imóvel locado. Se o contrato acabar, ele realoca a energia para outro endereço – uma flexibilidade sem precisar mexer na estrutura do prédio.
Economia na conta de luz
Há redução de até 90% da tarifa de energia consumida (exceto componentes como CDE, Fio B e impostos sobre injeção). O payback médio de um sistema para autoconsumo remoto fica entre 4 e 7 anos, enquanto a vida útil dos painéis ultrapassa mais que esse tempo.
Previsibilidade de custo
Ao produzir sua própria energia, você se blinda de aumentos tarifários, bandeiras vermelhas e crises hídricas. Os custos do investimento ficam travados logo na contratação (ou via financiamento). Isso facilita o planejamento financeiro, sobretudo para empresas que têm filial em galpões alugados e preferem um balanço definido.
Como funciona o faturamento no autoconsumo remoto?
A distribuidora mede quanto você injetou na rede e o quanto consumiu em cada unidade. A prioridade de uso dos créditos é da unidade geradora: primeiro, abate a conta do local onde ficam os painéis. O excedente vira crédito para as demais unidades, obedecendo à ordem cadastrada no sistema da distribuidora. Qualquer saldo restante é acumulado por até 60 meses, conforme a regra encontrada na Resolução Normativa nº 1.059/2023.
Como é feita a instalação do autoconsumo remoto de energia solar?
A instalação deve ser executada por empresa especializada, que avalia consumo atual, disponibilidade de área e incidência solar no terreno. Os principais componentes são:
- Estrutura metálica: suporte de alumínio ou aço galvanizado que prende os módulos ao solo ou telhado, garantindo inclinação e ventilação ideais;
- Painéis solares: convertem luz em eletricidade. Hoje, os módulos monocristalinos superam 22% de eficiência e duram até 25 anos;
- String box: caixa de proteção com disjuntores e fusíveis que isola o sistema em caso de curto ou manutenção;
- Inversor solar: transforma a corrente contínua dos painéis em corrente alternada compatível com a rede. Também monitora a geração em tempo real;
- Medidor bidirecional: instalado pela distribuidora, registra tanto a energia consumida quanto a injetada, permitindo a troca de créditos.
Depois da vistoria e do parecer de acesso da distribuidora, o medidor é trocado e a usina começa a gerar créditos que serão distribuídos às unidades vinculadas.
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