As mudanças e inovações no mercado financeiro criam um cenário ideal para quem busca investir melhor os seus recursos. Com tantas informações, hoje é mais fácil aplicar o seu dinheiro e conseguir os retornos que espera, seja com mais riscos, seja com menos riscos.
Para quem tem acompanhado a transformação das fintechs e o fortalecimento do mercado de startups como um todo, sabe que esse é um modelo de investimento que pode ser muito atrativo. Claro que ele oferece mais desafios e riscos do que investir o seu dinheiro em aplicações de renda fixa, por exemplo. O mais importante é entender sobre essa possibilidade e, se achar interessante, fazer novos investimentos.
Especialmente para quem busca fazer parte de negócios inovadores e disruptivos, essa é uma opção válida de investimento. Mas você sabe, na prática, o que é, o que faz, os retornos, vantagens e desafios de ser um investidor-anjo? O que acha, então, de tirar todas as suas dúvidas sobre o assunto e garantir que você tenha mais uma possibilidade de investimento no mercado? Continue a leitura e confira!
O que é um investidor-anjo?
Mas, afinal, o que é um investidor-anjo? Na prática, é alguém ou um grupo (o chamado pool, onde várias pessoas se associam para fazer um aporte) com recursos disponíveis para realizar investimentos em startups ou pequenos negócios que estão ainda no início das suas jornadas no mercado. Muitas das vezes, ainda se trata de uma ideia sem nem mesmo um produto ou serviço concreto. A ideia é justamente angariar fundos para dar os próximos passos.
Como se trata de uma ajuda inicial, é muito comum que esse tipo de investimento aconteça entre conhecidos. Um exemplo é o suporte financeiro dos pais de alguém que tem uma ideia de negócio. Ou mesmo alguém que deseja começar a empreender e tem um amigo interessado em diversificar seus investimentos. A atuação, porém, tem se tornado cada vez mais profissional dentro do mercado.
Cada vez mais empresários com nenhum tipo de relação prévia com os criadores do negócio decidem investir em uma startup promissora. Seja por enxergar oportunidades de sucesso naquela ideia, seja por ser compatível com um propósito daquela pessoa, com um aporte em startups. A boa notícia é que não é preciso ser um empresário rico e de sucesso para se tornar um investidor-anjo.
Mesmo quem não tem tanta experiência no mercado, por exemplo, pode fazer um aporte para contribuir com o desenvolvimento de um negócio. Em troca dos recursos investidos, o investidor-anjo, na maioria dos casos, recebe capital próprio da empresa. Ou seja, passa a ter uma participação nos lucros, que vai ser proporcional ao que foi acordado entre as partes.
Qual é o papel de um investidor-anjo?
Como a maior parte dos investimentos desse modelo acontecem em um estágio inicial de um negócio, é natural que o investidor-anjo tenha um papel mais relevante dentro da empresa. Não se trata propriamente de um gestor ou executivo da startup, mas pode atuar como um conselheiro. Especialmente aqueles que não tem vínculos anteriores com os criadores da empresa, essa é a proposta.
Imagine que um banco digital está iniciando o seu trabalho. Ao buscar por um investidor-anjo, mais do que a quantia para ajudar no desenvolvimento de todo o produto, é importante encontrar um parceiro com conhecimento desse mercado. Por mais que não tome as decisões, ele se torna uma espécie de conselheiro para contribuir com o direcionamento de algumas estratégias.
Essa ajuda do investidor-anjo pode acontecer até mesmo quando o seu conhecimento não é diretamente relacionado ao modelo de negócio em questão. Quem tem conhecimento em marketing digital, por exemplo, já pode contribuir nessa frente para o desenvolvimento da empresa. Mais do que um sócio do negócio, o investidor-anjo é um parceiro e conselheiro estratégico para quem está iniciando sua jornada no mercado.
Quais são os retornos para o investidor?
Mas, então, quais são os retornos que o investidor-anjo tem ao iniciar a sua jornada em parceria com uma startup? Lembrando que esse é um tipo de investimento voltado para o longo prazo, com muitos investidores aguardando até seis, oito e dez anos até ter o retorno aguardado. Mas quando ele acontece, os benefícios são muitos! Tire as suas dúvidas!
Contribuição nas decisões estratégicas
Apesar de não ganhar um cargo oficial dentro da empresa, é natural que o investidor-anjo tenha um papel relevante para a tomada de decisões estratégicas do negócio. Afinal, ele costuma ter experiência no assunto e pode contribuir com empreendedores que ainda estão começando ou mesmo não entendem tanto de um aspecto ou outro do mercado.
Porcentagem da startup pelo investimento
O retorno financeiro também é um dos destaques ao se tornar um investidor-anjo. É importante entender, porém, que se trata de uma empresa ainda em fase de desenvolvimento, o que torna natural não apresentar lucros significativos nos primeiros meses de atuação. Na prática, o investidor costuma ter uma porcentagem do negócio, o que pode representar lucros no longo prazo.
Quais são as vantagens de ser um investidor-anjo?
Todos esses retornos listados acima resultam em alguns pontos positivos para quem deseja encontrar novas possibilidades de investimento. Confira!
Encontrar novas possibilidades de investimento
Ao juntar alguns recursos, é muito comum se perguntar o que fazer com o montante acumulado. Afinal, poupar ou investir? Ao se tornar um investidor-anjo, você ganha novas opções para aumentar ainda mais o seu patrimônio. Para quem não tem muito conhecimento ou não deseja se arriscar no mercado de ações, por exemplo, pode ser uma alternativa mais ousada de conseguir retornos ainda maiores.
Participação em negócios inovadores e disruptivos
Outro ponto positivo de se tornar um investidor-anjo é a possibilidade de fazer parte de negócios inovadores e disruptivos. Ao pensar onde investir, já imaginou ser dono de uma porcentagem de uma startup que revolucionou o mercado? Fazer parte desse ambiente pode ser gratificante e interessante financeiramente, já que as chances de retorno são muito maiores.
Investir em ideias e propósitos
Ser um investidor-anjo também representa a possibilidade de fazer parte de ideias e propósitos. Especialmente ao olhar com mais carinho para questões como sustentabilidade, você pode alocar os seus recursos em um negócio promissor para o meio ambiente e sociedade como um todo. Já imaginou contribuir com o mercado de painéis solares no Brasil, por exemplo?
Aumentar as chances de altos retornos
Antes de se tornar um investidor-anjo, é importante conhecer ao máximo a atuação, as ideias e as possibilidades para aquele negócio. Ao perceber que se trata de um projeto, de fato, promissor, é uma forma de aumentar as chances de conseguir retornos significativos. Especialmente quando se trata de uma demanda que não é atendida pelo mercado, assim tendo um retorno valioso no longo prazo.
Quais são os principais desafios de ser um investidor-anjo?
Mas todos esses ganhos apresentados nos dois tópicos anteriores também estão acompanhados de responsabilidades e desafios que devem ser superados. Quer saber quais são eles e como se preparar?
Encontrar um negócio promissor
O primeiro desafio ao se tornar um investidor-anjo é encontrar um negócio que seja próspero. Para isso, é importante ter muita cautela na sua busca por uma ideia a ser financiada. Esse trabalho deve começar ao conhecer tudo sobre os idealizadores do projeto, o mercado em questão e as possibilidades, o que contribuirá para encontrar uma startup ou pequena empresa que realmente tenha chances de sucesso.
Resistência dos empreendedores
Além de avaliar se o negócio é realmente promissor, é importante criar uma relação saudável com os empreendedores. Afinal, mais do que "entregar o dinheiro", o investidor-anjo tem o papel de contribuir com ideias e insights para o desenvolvimento da empresa. Ao encontrar resistência dos idealizadores da startup, a sua atuação pode não ser tão significativa como gostaria.
Retornos a longo prazo
Outro aspecto importante de ser ressalto é a necessidade de paciência. Isso mesmo, é preciso ter paciência ao se tornar um investidor-anjo. Como se trata de aportes em negócios ainda em um estágio inicial, é natural que os retornos demorem mais do que o esperado. Portanto, é bom se planejar para recuperar os investimentos no longo prazo.
Mesmo com o período de crise por conta da pandemia, ser um investidor-anjo segue sendo uma alternativa viável. De acordo com um levantamento realizado pela GVAngels, FEA Angels e a Poli Angel, 60% dos investidores-anjo no Brasil não mudaram a sua opinião sobre os aportes em startups no período. Esse dado reforça os benefícios desse modelo de investimento, mesmo com tantos desafios.
Para quem tem interesse em se tornar um investidor-anjo, é importante conhecer bem os mercados e setores que estão em crescimento. Em um momento que a sustentabilidade é um assunto em alta, olhar para startups dentro desse segmento pode ser uma alternativa interessante para ampliar os seus retornos, certo? Então confira tudo que você precisa saber sobre energia renovável e se prepare!