Se você valoriza sua tranquilidade financeira, deseja alcançar estabilidade financeira e realizar seus sonhos no curto, médio e longo prazo, é essencial compreender o conceito de comprometimento de renda.
O comprometimento de renda é, talvez, o mais importante dos termos quando se fala em finanças pessoais. Isso porque, para a concretização de qualquer objetivo - seja ele de grande ou pequeno valor - você precisa dispor de uma quantia suficiente para arcar com os custos, concorda? Caso contrário, você corre o risco de se tornar inadimplente.
Como não queremos que você enfrente problemas financeiros, preparamos este artigo para informar e ajudar você a alcançar uma vida financeira mais organizada. Continue a leitura e entenda melhor o que é e qual é a importância de avaliar o comprometimento de renda!
O que é o comprometimento de renda?
De forma bastante simples, o comprometimento de renda se refere a parcela do seu orçamento mensal que já está direcionada, ou seja, que está comprometida com obrigações financeiras feitas anteriormente.
Vamos usar como exemplo uma pessoa com renda mensal de R$3.000,00 que paga todos os meses um aluguel de R$700,00, tem parcelas de um financiamento no valor de R$500,00, além de gastar R$300,00 com alimentação. Essa pessoa tem 50% da sua renda comprometida.
Dessa forma, dos R$3.000,00 recebidos mensalmente, R$1.500,00 já têm destinação certa. Ou seja, essa pessoa só terá liberdade para utilizar metade do seu salário, já que a outra metade está comprometida com obrigações assumidas anteriormente.
Qual é a importância de conhecê-lo?
O principal motivo para avaliar o seu nível de comprometimento financeiro é entender melhor a sua saúde financeira. Se você planeja assumir uma nova dívida, saber quanto do seu orçamento já está comprometido ajuda a determinar se você conseguirá arcar com essa nova responsabilidade.
O comprometimento de renda funciona como uma espécie de indicador de risco financeiro. Assim, quanto maior for o nível de comprometimento, mais perigoso se torna assumir novas dívidas. A regra de ouro para uma boa saúde financeira é: não gaste tudo o que ganha. Sempre reserve uma parte da sua renda para emergências e necessidades urgentes.
O que significa o limite do comprometimento de renda?
Um dos conceitos mais importantes no controle financeiro pessoal é entender seu limite de comprometimento de renda. Esse limite tem justamente a função de evitar que uma pessoa ultrapasse o valor ideal, prejudicando sua vida financeira e se endividando de forma descontrolada.
Na prática, o limite de comprometimento de renda nada mais é do que um percentual máximo recomendado que uma pessoa pode comprometer dos seus rendimentos.
Especialistas em finanças pessoais recomendam que o comprometimento de renda não ultrapasse 30% da sua renda líquida. Isso garante que você tenha uma margem de segurança para imprevistos e outras situações que possam surgir ao longo do mês.
Quais são as consequências de ignorar o comprometimento de renda?
O comprometimento de renda é muito importante para quem deseja manter o equilíbrio financeiro e as contas em ordem. No entanto, existem pessoas que não se importam com esse indicador, o que pode levar a sérias consequências financeiras.
Muitas pessoas, na tentativa de atender a todas as suas necessidades imediatas, acabam comprometendo uma parte importante da sua renda, o que pode resultar em endividamento, uso de crédito de alto custo e necessidade de empréstimos urgentes.
Esse tipo de comportamento, como veremos adiante, não é recomendado, pois traz uma série de consequências negativas — e você precisa estar atento a elas. Confira!
1. Endividamento
A principal consequência de ignorar o nível de comprometimento de renda é, sem dúvida, o endividamento. Se você assume compromissos financeiros sem avaliar detalhadamente seu orçamento, isto é, sem compreender se será capaz de arcar com mais uma obrigação, a probabilidade de se endividar é muito alta.
Consequentemente, o orçamento fica mais apertado, os imprevistos acontecem e, então, você se vê sem dinheiro para honrar todas as suas contas. Nesse momento, as coisas começam a sair do controle, as contas se acumulam e a inadimplência bate à porta.
2. Uso do cheque especial
Quando as contas começam a se acumular, os boletos atrasam e surgem novas despesas, é comum pensar no cheque especial como uma solução rápida. Mas cuidado: é justamente aí que mora o perigo!
O cheque especial está entre as linhas de crédito com as maiores taxas de juros do mercado. Isso significa que ele pode se tornar um grande vilão para o seu bolso, principalmente se o orçamento já está apertado ou desorganizado.
Usar essa opção aumenta muito a chance de cair em uma “bola de neve” de juros, tornando sua vida financeira ainda mais complicada — e sabemos que esse não é o caminho que você quer seguir, certo?
3. Necessidade de empréstimos
Quando não avaliamos bem o quanto da nossa renda já está comprometida, podemos cair em uma armadilha: gastar mais do que podemos. Isso geralmente leva a uma situação complicada e, para tentar resolver, muita gente acaba recorrendo a empréstimos. O problema? Juros altos e um risco ainda maior de aumentar as dívidas.
Isso geralmente leva a uma situação complicada e, para tentar resolver, muita gente acaba recorrendo a empréstimos. O problema? Juros altos e um risco ainda maior de aumentar as dívidas.
É importante lembrar: empréstimos podem ser úteis em alguns casos, mas precisam ser contratados com planejamento. Avalie os prós e contras antes de decidir. Agir por impulso para corrigir erros anteriores pode tornar sua vida financeira ainda mais difícil. Respire, analise e pense bem antes de seguir por esse caminho!
Como calcular o comprometimento de renda?
O cálculo do nível de comprometimento de renda é bastante simples e não requer grandes esforços. Na realidade, ele depende apenas de uma certa organização e alguns hábitos positivos, como veremos a seguir. Confira!
1. Anote as despesas fixas
O primeiro passo para entender o percentual comprometido da sua renda é anotar as despesas fixas, isto é, despesas recorrentes que estão ligadas à sua manutenção e a compromissos de longo prazo.
Para facilitar as coisas, citamos algumas das despesas que você precisará listar. São elas:
- aluguel;
- transporte;
- alimentação;
- parcelas de financiamento;
- compras parceladas no cartão, entre outras.
Ter um controle das suas despesas fixas é fundamental para entender o que você já está comprometendo financeiramente.
2. Conheça todos os seus ganhos
Outro passo fundamental é avaliar os seus ganhos. Só é possível saber o nível de comprometimento da sua renda se você sabe exatamente quanto ganha mensalmente, concorda?
Então, a dica aqui é listar todos os seus ganhos. De preferência, considere os seus rendimentos fixos, já que ganhos extras podem enganar, fazendo com que você conte com eles todos os meses — o que é um erro.
Por exemplo, podem ser incluídos ganhos como o seu salário mensal e rendimentos de aplicações financeiras, caso você tenha algum.
3. Estime os seus gastos extras
Além dos pontos citados, é preciso que você estime os seus gastos mensais extras, ou seja, aquelas despesas que não são recorrentes, mas que acabam pesando no orçamento vez ou outra.
Entre essas despesas extras, podem ser listadas:
- lazer;
- compras no cartão;
- despesas com saúde, como consultas e remédios;
- vestuário e outras relacionadas.
- Esses gastos podem parecer pequenos, mas no final do mês, eles podem consumir uma grande parte do seu orçamento.
Após seguir esses passos, você terá uma visão mais clara sobre sua vida financeira e entenderá o quanto do seu orçamento está comprometido com despesas recorrentes e quanto está livre para ser utilizado de outras formas. Isso permitirá que você ajuste seu perfil financeiro, garantindo que suas finanças estejam sempre alinhadas aos seus objetivos e metas.
Então, gostou deste conteúdo? Quer realizar seus sonhos e conquistar seu patrimônio de forma segura e planejada? O BV tem as melhores soluções de crédito para você. Entre em contato conosco hoje mesmo e conheça!


