Você sabe o que é o Real Digital? Também conhecido como Drex, ele é o real, moeda brasileira oficial, em formato digital. Por ser emitida e regulada por um Banco Central, pode ser classificada como uma CDBC (moeda digital de banco central), criptomoeda que está ganhando força em todo o mundo com mais de 130 países estudando e realizando testes, como no caso do Brasil.
Para saber mais sobre o Drex - Real Digital, o seu funcionamento e outros detalhes, continue a leitura!
Real Digital ou Drex: o que é?
O Real Digital é uma versão digital da moeda que todos os brasileiros já conhecem: o Real.
Conhecida oficialmente como Drex, moeda digital brasileira não foi batizada pelo BACEN assim à toa. O “D”, por exemplo, vem de “Digital”, já o “R” é uma referência ao “Real”. A letra “E” é uma referência ao conceito de “eletrônico”, enquanto o “X” serve para designar a modernidade dos atuais modelos de transações financeiras.
Além de uma moeda digital, o Drex também será o novo ambiente regulado pelo Banco Central do Brasil que habilitará a inteligência financeira através de uma plataforma integrada às inovações do mercado. Desta forma, será possível realizar a programabilidade do dinheiro, uma maior integração entre as soluções do mercado, e a liquidação financeira usando o próprio real em sua versão digital.
Além disso, o Real Digital não substituirá o dinheiro em espécie. Na verdade, o Drex é mais uma alternativa do Banco Central para você realizar os pagamentos e as movimentações financeiras, através de uma nova infraestrutura baseada em blockchain. O foco é dinamizar a economia brasileira e estar mais preparado para atender as necessidades digitais financeiras das pessoas.
Dessa maneira, o Real Digital traz uma série de benefícios para o dia a dia dos brasileiros, como facilidade na realização de pagamentos e transferências monetárias, automações e mais segurança para as operações financeiras. Outros benefícios são:
- Ganho de eficiência através de transações financeiras mais rápidas, eficientes e com a redução de intermediários;
- Redução de custos a partir da eliminação de etapas, maior tempestividade operacional e de uma cadeia de valor mais eficiente;
- Inclusão financeira através da facilitação no acesso a serviços financeiros para a população em geral através de opções de menor custo ao cliente;
- Transações mais seguras e com a privacidade necessária à população;
- Avanços na inovação financeira para a criação de novos produtos e serviços junto ao mercado para a transformação do sistema financeiro nacional.
Assim como o Pix, o Drex é um dos blocos fundamentais da estratégia de digitalização financeira do Banco Central do Brasil em busca de um sistema financeiro mais digital, seguro, inclusivo e competitivo. Apesar disso, essas tecnologias são bem diferentes, entenda a seguir!
Diferença entre Real Digital e Pix
A grande diferença entre o Pix e o Real Digital está no objetivo de surgimento de cada um. O Pix, por exemplo, foi criado para possibilitar a instantaneidade do pagamento de maneira fácil ao usuário, enquanto o Drex tem foco principal em oferecer serviços financeiros de maneira mais inteligente e eficiente.
Segundo o Banco Central, a tecnologia do Drex possibilita automatizar os processos operacionais, diminuindo os custos dessas intermediações e, por efeito, oferecendo produtos e serviços financeiros mais acessíveis para as pessoas, como empréstimos, seguros e investimentos facilitados. Além disso, a plataforma Drex permitirá que outros ativos (em suas versões digitais através dos chamados “tokens”) participem destas automações, portanto, indo muito além de operações meramente financeiras como pagamentos e transferências.
Além disso, o Drex tem as mesmas garantias e segurança do Real tradicional e depende de uma instituição financeira para ser utilizado, já que esses serviços serão liquidados pelos bancos na Plataforma Drex do Banco Central (BC).
No final do dia, o Pix e o Real Digital fazem parte da cadeia de processo de inovação do Banco Central, marcado inclusive por outros elementos de inovação e digitalização, como o Open Finance. Um objetivo comum para tecnologias diferentes (mas que conversam entre si).
Diferença entre Real Digital e criptomoedas
A principal diferença entre o que é Real Digital e as criptomoedas está na presença ou não de uma autoridade para controlar a moeda. Na prática, o Drex é regulamentado, emitido e fiscalizado pelo Banco Central, assim como o Real na sua versão de moeda fiduciária. Já as criptomoedas, são emitidas por redes descentralizadas e transacionadas de forma direta entre os usuários (operações chamadas de peer-to-peer – P2P).
Além disso, embora ambos utilizem o blockchain para garantir a segurança e rastreabilidade das transações, o Real Digital é a moeda oficial do Brasil em versão digital (ou seja, R$ 1 digital equivale a R$ 1 em nota ou na sua conta bancária), enquanto as criptomoedas são cunhadas por outras entidades e possuem seus valores vinculados a diferentes fatores (disponibilidade, algoritmos, mecanismos tecnológicos, outras moedas, ...), o que normalmente afeta a volatilidade deste tipo de ativo digital.
Vantagens do Real Digital
Agora que você entendeu o que é o Real Digital, provavelmente percebeu que os benefícios que ele tem para proporcionar à sociedade são vários! Vamos conhecer alguns dos principais?
Inovação de serviços financeiros
Uma das principais inovações do Real Digital é sua capacidade de programabilidade que, a partir de tokens programáveis, será possível embutir na moeda digital regras para que ela tenha objetivos específicos.
Além disso, será possível realizar a transação automática entre clientes, incluindo investimentos fracionados e carteiras digitais de ativos em geral, não apenas de dinheiro. Outra inovação é a provável flexibilidade e versatilidade do Real Digital, que poderá ser convertido para outros formatos de pagamento disponíveís atualmente no mercado.
Incentivo à concorrência
Com o Drex em funcionamento, as pessoas terão acesso a produtos e serviços financeiros de maneira mais facilitada, uma vez que essa tecnologia permitirá a redução de custos de intermediação e tornará elas mais seguras e acessíveis à população.
A partir dessa democratização, os bancos e instituições financeiras poderão expandir seus serviços também, como:
- Oferecimento de investimentos e aplicações a qualquer momento do dia/noite (24/7) e instantaneamente (sem ter que esperar);
- Contratação de opções de câmbio menos custosas para suas viagens internacionais;
- Financiamento de veículo ou imóvel com processos mais seguros e menos burocráticos (e, por consequência, mais baratos).
Essas facilidades podem transformar a experiência bancária, oferecendo mais liberdade e controle ao consumidor.
Transações mais seguras e rastreáveis
As transações com moedas digitais são registradas de forma imutável e segura em redes descentralizadas, o que garante a segurança e a transparência das operações sem que o cliente perca a sua privacidade.
Além disso, a rastreabilidade das operações financeiras permitirá uma maior governança do Banco Central no combate a fraudes, a lavagem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo de maneira mais eficiente, trazendo mais segurança e soberania ao Brasil.
Iniciativas do Real Digital no Banco BV
Várias empresas e instituições financeiras fazem parte da fase de testes do Drex e uma delas é o BV, uma das pioneiras nessa etapa. Para o banco BV, o Real Digital já é uma realidade e, inclusive, já foram realizadas operações básicas à nível experimental (Fase 1 do Piloto do Real Digital), como a transferência de ativos financeiros tokenizados, provando a capacidade da tecnologia blockchain.
Já no âmbito da Fase 2 do Piloto, etapa focada em prover um ambiente de testes para que diferentes casos de uso utilizando o DREX sejam testados, o caso de uso do banco BV foi escolhido pelo Banco Central pelo seu potencial de impacto positivo à sociedade. Com isso, testaremos como que a tokenização e os diversos atributos de uma blockchain podem eliminar diferentes atritos da jornada de financiamento e transferência de veículos e gerar benefícios como uma melhor experiência ao cliente e mais segurança e eficiência operacional ao BV.
O banco BV também enxerga valor digitalina utilização dos ativos digitais e da tokenização para seus negócios para além do Drex. Para absorver os benefícios desta tecnologia, o banco BV realizou, internamente, testes de tokenização de financiamento de veículos com a startup parceira Parfin. O case inclusive foi campeão na categoria Ativos Digitais (pilar Bancos) do Prêmio Banking Transformation 2024, o mais importante e tradicional prêmio do setor financeiro do Brasil.
O BV também foi responsável por construir uma infraestrutura tokenizada de um Fundo de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC), lastreando a operação em tokens e utilizando a tecnologia blockchain para registros e negociações, reduzindo a necessidade de intermediários, aumentando a eficiência operacional e ampliando o acesso de empresas de pequeno porte ao mercado de capitais.
Além disso, o banco BV anunciou uma parceria com a startup Liqi, que atua na tokenização de ativos e recebíveis financeiros. Com isso, possibilitará que alguns investidores acessarem ativos mais rentáveis, líquidos e investimentos instantâneos.
Houve também ações do BV envolvendo NFTs em parceria com a startup BetaBlocks. O objetivo foi estimular a realização de doações para o Instituto Próxima Geração (IPG), incentivando a formação e o desenvolvimento de crianças por meio da prática esportiva – o que resultou no Top 9 do Banking Innovation, premiação organizada pela Qorus e Accenture.
Por tudo isso, podemos dizer que o banco BV sempre está em busca de atualizações diante das novidades, tendo como principal objetivo tornar a vida financeira dos nossos clientes mais leve através da inovação.
Para você ficar por dentro do Drex, saber ainda mais sobre o Real Digital e como essa tecnologia vai funcionar, continue acompanhando o nosso blog e conheça a página Inovação.